O primeiro dia da Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro (RJ), teve como um dos eventos a divulgação do estudo da Pegada Ecológica de São Paulo pelo WWF-Brasil, feito em parceria com o Estado e a cidade de São Paulo, representados respectivamente, pelo secretário do Meio Ambiente Bruno Covas e pelo secretário do Verde e do Meio Ambiente Carlos Fortner.
A pesquisa revelou que a Pegada Ecológica média do estado de São Paulo é de 3,52 hectares globais por pessoa e de sua capital, a cidade de São Paulo, é de 4,38. Isso significa que, se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas, seriam necessários quase dois planetas para sustentar esse estilo de vida. Se vivessem como os paulistanos, seriam necessários quase 2,5 planetas.
O objetivo do WWF com o estudo é incorporar às estatísticas de governo um indicador econômico consistente que leve em consideração o impacto ambiental. “A parceria do WWF, prefeitura e estado nos mostrou um indicador que pretendemos incluir no relatório de qualidade ambiental”, destaca o secretário Bruno Covas.
A pegada ecológica é um instrumento para a formulação de políticas públicas. “O uso da ciência e da tecnologia é um instrumento importante para o estado de São Paulo na elaboração de políticas públicas”, informa o secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
A pegada ecológica, medida em “hectares globais”, corresponde ao volume de recursos renováveis necessários para sustentar os hábitos de consumo e estilo de vida de uma pessoa. Um hectare global corresponde à produtividade média de um hectare de terra e água no mundo.
Para Michael Becker, coordenador do programa Cerrado-Pantanal do WWF Brasil, além do cidadão, o governo e a indústria têm de se comprometer com a mudança de hábitos de consumo. “Cada um de nós é responsável por sua decisão de consumo, mas cada setor da indústria é responsável por uma cadeia de produção inteira e precisa repensar suas escolhas”, afirma.
Classes de consumo - O estudo também analisou a pegada por classes de consumo. O item que mais pesou nessa composição foi o de alimentos, responsável por quase metade da Pegada Ecológica do paulistano e por 38% da pegada do paulista. Os recursos da agricultura e pastagens são os que mais sofrem pressão pela classe de consumo alimentos, mas são as pastagens - pelo perfil da dieta brasileira, bastante rica em carnes, em especial carne bovina - que elevam a Pegada Ecológica da alimentação. Bens de consumo representam 23% da Pegada Ecológica do paulista e 21% da do paulistano. O item transporte contribui com 14% (paulistas) e com 10% (paulistanos). Essa classe demanda principalmente, em recursos ecológicos, áreas para absorção das emissões de gases de efeito estufa provindas da queima de combustíveis.
Fonte: http://www.ambiente.sp.gov.br/verNoticia.php?id=1412
Nenhum comentário:
Postar um comentário