segunda-feira, 5 de julho de 2010

Se essa rua fosse minha, eu mandava arborizar!

Várias vezes ao dia nossa Secretaria se depara com pessoas reclamando pela manutenção das áreas verdes do município quando certa árvore danifica as calçadas, ou quando as folhas e as flores de certas espécies arbóreas sujam o quintal que acabou de ser limpa. Infelizmente, sabemos o resultado: quando não pedem pedem para arrancá-las, pedem para fazer verdadeiras mutilações....

Houve tempos em que era praxe o passeio ao final da tarde, pelas veredas das cidades, para a observação das árvores e dos arbustos em pleno florescimento. Homens e mulheres sabiam, muitas vezes empiricamente, quando a paineira dava flores, quando o ingá gerava seus doces frutos, ou quando as primaveras e outras espécies comuns em nossas cidades sofriam alguma transformação em seus ciclos de vida. Quem não subiu em alguma árvore, por menor que tenha sido, para apanhar amoras, abacates, ou as referidas goiabas repletas de bicadas de pássaros? Nossas avós talvez relembrem aqueles dias em que sentir o aroma de flores constituía fato normal na vida de qualquer cidadão.
Os tempos agora são muito diferentes. Estas atividades, hoje desconhecidas da maioria dos habitantes das grandes cidades, revelam, na verdade, algo que transcende simplesmente o senso comum e a observação empírica. A arborização de praças, parques públicos e ruas é algo necessário e de extrema importância para a sobrevivência de vários animais e outras espécies vegetais, que usam a cidade como habitat natural ou como rota durante a migração.
A arborização exerce papel de vital importância para a qualidade de vida nos centros urbanos. Há estudos, sendo realizados com a floresta urbana, onde os impactos das podas exageradas e a má administração pública sobre as árvores da cidade refletem-se na diminuição das populações de vários animais polinizadores e visitantes florais, que acabam se tornando, muitas vezes, raros ou totalmente ausentes, com o passar dos anos
Embora a lista de "desvantagens"; da arborização possa ser grande, boa parte dos estudiosos do assunto adverte para algo muito simples: o conhecimento acerca da biologia vegetativa e reprodutiva das árvores, sejam elas nativas ou introduzidas, eliminaria quase que a totalidade dos problemas causados pelas espécies em questão, já que as informações serviriam como um plano-diretor de planejamento paisagístico e florístico nas cidades.


Pensando em minimizar e regular essas questões, foi aprovada na Câmara Municipal a Lei Municipal de nº 2.672/ de 10 de maio de 2010 que dispões sobre a obrigatoriedade de Implantação de Projeto de Arborização Urbana e área Verde em novos parcelamentos de solo. Que pode ser consultada pelo link:
Fontes:

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