Em sua primeira votação no plenário da Câmara Municipal de São Paulo, o Projeto de Lei que prevê que todos os telhados da cidade devem ser pintados de branco para combater o aquecimento global foi aprovado com maioria absoluta de votos. Agora, a medida precisa ser submetida a uma segunda votação em plenário e à sanção do prefeito para se tornar oficial.
Os benefícios dos telhados brancos, no combate ao aquecimento global e no aumento da qualidade de vida dos moradores de áreas urbanas, já vem sendo divulgados há algum tempo. De acordo com a ONG GBC Brasil, que dissemina os princípios da construção sustentável, a simples atitude de pintar os telhados e coberturas dos edifícios de branco ajuda a refletir até 90% dos raios solares, o que diminui as ilhas de calor nas cidades e, ainda, refresca os ambientes, reduzindo a necessidade do uso de aparelhos elétricos, como o ar-condicionado.
Diante de tantas vantagens, com a intenção de popularizar os telhados brancos no Brasil, a ONG divulgou, amplamente, os benefícios dessa prática para arquitetos e engenheiros de todo o país e, posteriormente, para a sociedade civil, por meio da campanha One Degree Less. Todo esse esforço parece ter dado resultado, porque, por influência da GBC Brasil, uma medida, que prevê que todos os telhados e coberturas de edifícios da cidade de São Paulo devem ser pintados de branco, está em processo de aprovação na Câmara Municipal.
Um estudo recente do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, mostrou que pintar os telhados de branco combate o aquecimento global. Explica-se: enquanto as coberturas escuras absorvem 80% do calor, as claras refletem até 90% da luz solar. Com isso, cidades com mais tetos brancos sofreriam menos com as ilhas de calor. Além disso, eles diminuem a temperatura interna, o que pede menos ar condicionado e reduz as emissões de CO2. "Um telhado branco de 100 m² compensa cerca de 10 toneladas de gás carbônico, o equivalente à emissão anual de uma típica casa americana", afirma Marcos Casado, do Greenbuilding Council Brasil, que lançou o site www.onedegreeless.org para disseminar a prática. "No Brasil, essa solução teria um efeito maior se incluísse as fachadas, como se faz na costa mediterrânea há séculos", diz Roberto Lamberts, especialista em eficiência energética em edificações.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br
http:// www.onedegreeless.org